sábado, 2 de julho de 2011

Mais uns Achigãs...

Este deixou-se enganar por um crankbait.



Um dia destes fui matar saudades dos achigãs num dos meus locais habituais e embora não tenha sido um dia rico em capturas deu para lhes tomar o gosto.
O dia estava bastante quente e os achigãs que se avistavam junto das margens eram de pequena dimensão, os maiores calculo que estariam longe das margens em zonas mais profundas onde a temperatura da água seria bem mais confortável.
Apostei nas amostras de superfície, poppers, passeantes, rãs, hélices e jerkbaits nas primeiras horas da manhã, tendo nesse período apenas feito a captura de um achigã minúsculo com uma Baby Torpedo da Heddon.
Seguiu-se uma captura de outro já maior, que me possibilitou ver o ataque a cerca de 3 metros a um popper caído do céu, mesmo sobre o local onde o peixe estava.
 Fiquei com aquela imagem na cabeça... de um achigã ao toque do popper na água a subir a uma velocidade impressionaste.... e a abocanhar a amostra, procurando de imediato a fuga para o meio de umas ervas, uma imagem para ficar registada na minha memória, impressionou-me a velocidade, tão rápido que a ferragem foi por instinto, e senti que quase fui ultrapassado pelos acontecimentos.
Ainda saiu mais um achigã de pequena dimensão com um crankbait mas bem alimentado.
Uma nota final para dizer que todos os peixes foram libertados para crescerem e no futuro nos proporcionarem belos momentos de pesca.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ao fundo de novo.


Este ano tenho feito umas investidas na pesca ao fundo e hoje voltei a tentar a sorte.
A chegada ao pesqueiro foi feita ainda de noite, já com nascer do dia á espreita, uma olhadela ao pesqueiro e aquilo que vi fez-me sentir boas sensações, afinal havia bastante actividade na água sendo possível com a chegada da claridade avistar robalos a assomarem-se á superficie nitidamente em atitude de caça e petinga aqui e ali a saltar fora da água.
Eles andavam ali sem dúvida e estavam activos e após o primeiro lançamento a confirmação com a captura de um bom robalo, mas alguns minutos mais tarde outro robalo, mas desta vez sem medida.
Os minutos que se seguiram foram de expectativa, que foi diminuindo á medida que o sol se erguia e a actividade foi diminuindo, tendo ainda sido capturado um sargo alcorraz com vinte cm o que para a espécie em questão é muito bom, tendo atenção á pouca dimensão que este peixe atinge.
Enfim um robalote que já deu para matar saudades e levantar um pouco a moral, agora espero que apareçam outros um pouco mais crescidos daqui para a frente.

Material usado:
Cana: Geologic Surf Travel 500 c.w. 100 - 200 gramas, 4,20 metros.
Carreto Alpine 8000 da NBS.
Fio 0,40 G2 da Asari com chicote 0,50 e estralho com cerca de um metro 0,35.
Montagem: Uma laçada dupla no fim do estralho para a chumbada e outra para o estralho.

Capturas:
Robalo com 41,5 cm
Sargo Alcorraz com 20 cm
Isco: Coreana

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O regresso as origens - Pesca ao fundo


Pois é !... grande parte de nós que gostamos de pesca tivemos o nosso inicio na pesca ao fundo, por ser a pesca mais praticada entre nós, eu não fugi á regra e as minhas primeiras investidas na pesca foram no Tejo, a lançar chumbadas de 140 gramas para cima.
Com o tempo outras técnicas ganharam preferência, mas o bichinho fica sempre cá dentro a roer e uma das razões que também fizeram esta pesca ficar para segundo plano, foi o facto de os bons pesqueiros estarem nesta altura do ano superlotados devido á chegada das corvinas , com autênticos recordes de pescadores por metro quadrado.
Um dia destes enquanto dava uma arrumação nas coisas da pesca e olhei para as minhas canas de fundo decidi-me a fazer uma pesca ao fundo, o problema era mesmo o pesqueiro e após umas observações do rio na vazante, encontrei um sitio com um bom fundão a uma distância acessível aos meus lançamentos.
No outro dia lá fui com a esperança de capturar uma boa corvina ou um robalo, apostei em iscadas grandes com anzóis 1/0 e 2/0 generosamente iscados com carangueijo de dois cascos.
Foram 5 horas junto ao rio com apenas a captura de uma dourada, mas que deu para matar saudades de uma pesca que também têm os seus encantos.

Material usado:
Cana Hiro Long Distance, c.w. 100 . 200 gramas 4,50 metros
Carreto Alpine 8000 da NBS.
Fio: 0,40 Titânio G2 da Asari com chicote 0,50 com estralho com 1 metro 0,35.
Montagem: Muito simples com uma dupla laçada no fim do chicote para a chumbada e outra para o estralho.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A lenda de Lauri Rapala



Foi na década de 1930, quando um simples pescador observava um fenómeno que por sua vez também era simples.Os peixes de maior volume comiam os mais pequenos, até mesmo quando estavam doentes ou feridos.
Foi assim que começou a maior história de pesca. Lauri Rapala pescava no lago finladês Paijanne, remava silenciosamente e observava os peixes, quando de repente viu um predador faminto lançar-se sobre um cardume de alevins e atacou precisamente aquele que que mais oscilava. Reparou que esta situação se repetia sucessivamente.O resto já todos nós sabemos o que aconteceu...
Lauri, apercebeu-se que se conseguisse fazer uma amostra capaz de imitar os movimentos dum peixe ferido, poderia pescar mais peixes, ganhar mais dinheiro e não perder tempo com o isco.
Lauri pôs mãos á obra, cortou, esculpiu e poliu, até que a amostra começou a ganhar forma, utilizando uma faca de sapateiro, e papel de lixa fabricou a sua 1º amostra de cortiça, em 1936.
A superfície da amostra estava fabricada com papel dos chocolates e a camada protectora era feita com negativos fotográficos fundidos.
O mais relevante desta amostra era que imitava, na perfeição as acções de um peixe ferido
Conta a lenda, que nalgumas ocasiões, com a sua nova amostra, Lauri chegava a apanhar mais de 300 quilos de peixe por dia, ao espalhar-se a noticia, cresceu a reputação da amostra, o resto é história...
Esta primeira amostra, foi a antepassada da amostra que permitiu, aos pescadores experimenta grandes emoções com grandes capturas, a legendária Original Floating Rapala.

Videos, Fotos e Texto by Normark



sábado, 16 de abril de 2011

Corvina ( Argyrosomus Regius )

Peixe comum em Portugal, existe em toda a costa portuguesa sendo mais frequente no centro e sul do Pais.
Aparece em pequenos cardumes em fundos de areia e cascalho e raramente aparecem sobre fundos rochosos e embora tenham preferência por fundos entre os 5 e os 100 metros, podem aproximar-se durante a noite da costa para se alimentar.
Suporta grandes diferenças de salinidade, entrado em estuários e lagoas.
Têm o corpo bastante longo, podendo atingir mais de 2 metros de comprimento e 100 quilos de peso, com uma cor prateada com reflexos amarelados têm uma linha lateral bastante vincada, sendo um órgão sensorial.
Reproduz-se no verão ao longo da costa e nos estuários.
Peixe carnívoro, alimenta-se de pequenos peixes, caranguejos, camarões, minhocas e marisco dos mais variados.
Pesca-se de praias e pontões com iscas naturais e com amostras ( zagaias e vinis e com pingalis ).

Foto by angeles93.wordpress.com

terça-feira, 5 de abril de 2011

O nó Palomar

O nó Palomar é extremamente simples e oferece uma excelente resistência, para além de bastante versátil, pode ser usado para unir o fio a tudo o que têm uma argola, tal como snaps, amostras, anzóis, destorcedores, chumbadas, enfim um nó essencial para qualquer pescador e o meu preferido para unir o fio as amostras.





Video by videofishingknots.com

quinta-feira, 10 de março de 2011

Expansão da bexiga nadatória no Achigã.





Os peixes que são capturas em águas profundas, podem apresentar a bexiga natatória inchada impossibilitando a sua libertação em condições de assegurar a sua sobrevivência.
A bexiga natatória é uma bolsa cheia de gás que permite ao peixe manter o seu poder de flutuação neutro a várias profundidades.
Muitos peixes apenas podem expelir esse gás através da difusão sanguinea, o que torna o processo de passagem de águas profundas para superficiais bastante lento.
Quando um peixe é trazido de águas profundas rapidamente a pressão baixa e os gases da bexiga natatória expandem-se, acontecendo por vezes que as entranhas do pobre animal saíam pela boca, devido a compressão que sofrem os órgãos internos.
Este excelente vídeo mostra como agir quando isto acontece, sendo uma mais valia para o pescador que practica a captura e solta.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Um dia duro na despedida da época, mas que podia ter sido para recordar.

Fui aos achigãs com os meus companheiros de vicio, todos queríamos despedirmos-nos dos nossos amigos com uma boa pescaria.
As condições atmosféricas eram difíceis ( aguaceiros e algum frio ) mas nada que fosse capaz de nos demover.
Adivinhava-se um dia duro para conseguirmos capturas o que veio a confirmar-se, com os poucos achigãs que conseguimos ver a demonstrarem uma apatia quase total perante as nossas amostras.
O resultado de centenas de lançamentos de quatro pescadores, foi um achigã logo no inicio de um dia, que podia ter terminado em beleza, não fosse ter desferrado já ao entardecer, um achigã de quilo e muitos para cima do meu spinnerbait, captura que a ter-se realizado seria o meu recorde.
Aconteceu quando trabalhava um spinnerbait de forma muito lenta, junto ao fundo e senti aquilo que me pareceu uma prisão, levantei a cana na tentativa de libertar a amostra quando senti um peso muito grande seguido de ligeiro puxão, era peixe e grande, comecei a recolher linha até que já junto da superfície, meteu a cabeça fora de água e deu 2 ou três cabeçadas muito fortes que libertaram a amostra.
Enfim um amargo de boca por culpa do peixe e por um momento de menos concentração ( estava na conversa com o Rebocho ) enquanto recolhia a amostra e ao sentir o toque devia ter ferrado de forma enérgica, partido sempre do princípio que é peixe, que é alias o que faço habitualmente e não limitar-me ao levantar apenas da cana para tentar libertar uma hipotética prisão da amostra.
Ficou marcado novo encontro para a abertura, agora vamos dar descanso aos nossos amigos para que não sejam incomodados agora que vão entrar na desova.


O Nunes com o único achigã do dia


Ao entardecer, uma imagem muito bonita.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Para quem se quer iniciar na pesca ao Achigã da margem








Para quem se quer iniciar na pesca ao Achigã, existe hoje muita informação em revistas e na Internet, em fóruns da especialidade.
Eu próprio iniciei-me na pesca com amigos, que me foram ensinado aquilo que sabiam e com outros pescadores mais velhos.
A Internet serviu para aprofundar conhecimentos através da participação em fóruns, e para conhecer outras técnicas, outros peixes, assim nasceu a paixão pelo Achigã.
Uma das coisas que senti, foi que apesar de tanta infor
mação ela era na generalidade direccionada para aqueles que já tinham algum conhecimento do assunto, usado uma linguagem por vezes inacessível, para o iniciado que não teve um amigo ou familiar que lhe ensina-se sequer o que era uma fateixa,


Canas de spinning

Acção das canas


As primeiras dúvidas no pescador iniciado surgem naturalmente assim que decide experimentar esta pesca, que cana comprar? que carreto e amostras?
Para saber que cana adquirir será bom que se saiba que as canas embora pareçam todas iguais, não o são, diferem no tipo de acção.
Assim como se pode verificar na figura em cima, as canas classificam-se consoante o tipo de acção em:

Heavy: quando se exerce alguma pressão sobre a cana apenas faz a flexão na ponteira.

Medium Heavy: uma cana com este tipo de acção apenas irá iniciar a flexão no primeiro terço da cana

Medium: uma cana de acção medium vai flectir sensivelmente a meio da cana.

Medium Light: uma cana com este tipo de acção irá flectir os dois pri
meiros terços da cana.



Casting Weight (peso de lançamento)


Para além de conhecer os diferentes tipos de acção, deve também saber que as canas trazem a indicação do peso para que estão preparadas para lançar, não devendo esse peso ser ultrapassado, sob pena de partir a vara no lançamento.
Geralmente essa indicação vem inscrita na cana em gramas ou oz.

Exemplo: Casting Weight 10 - 30 gramas indica que o peso das amostras deve situar-se entre as 10 e as 30 gramas.


Exemplo 2: Casting Weight 1/4 - 3/4 oz indica que o peso das amostras deve situar-se entre as 7 e as 21 gramas.

As canas de Achigã na generalidade trazem também a indicação da linha que se deve usar indicação essa que vem em libras.

Exemplo: 10 - 25 libras indica que se deve usar linhas que atinjam o ponto de rotura entre as 10 e as 25 libras.




Que cana adquirir


Posto isto o que eu aconselho é que adquiram uma cana Medium ou Medium Heavy tendo sempre presente o peso das amostras que vamos utilizar, para amostras pequenas uma cana Medium com um casting weight até 15 a 2o gramas serve perfeitamente, já se pretende utilizar amostras com mais peso opte por uma Medium Heavy com um casting weight entre as 10 e as 25 a 30 gramas será o mais adequado.
O tamanho mais usual serão as canas entre os 1.80 e os 2 metros, eu pessoalmente fico pelo meio termo.
Pessoalmente aconselho que se inicie com canas de spinning, a abordagem da pesca ao Achiga com canas e carretos de casting vai surgir natura
lmente, fruto da sua vontade de evoluir como pescador.

O carreto







A escolha do carreto devera ter em conta o seu tamanho, peso, a sua velocidade de recuperação, deve ter anti reverso infinito e ter no mínimo 3 a 4 rolamentos.

O tamanho

Os carretos de pesca trazem uma numeração mais ou menos standard seguida pelos fabricantes que nos indica o seu tamanho.
Essa numeração é de 500 em 500, assim existem carretos de tamanho 1000, 1500, 2000, 2500, 3000 e por ai em diante.
Para a pesca ao Achigã usa-se geralmente carretos entre o tamanho 1000 e o 2500.

O peso

O peso do carreto é muito importante, não se devendo usar um carreto demasiado pesado, que vai provocar cansaço e desequilibrar o conjunto cana carreto que deve ser harmonioso.
Os carretos 1000 a 2500 são carretos que apresentam pelo seu reduzido tamanho, pesos muito reduzidos adequados ao que se pretende.

A velocidade de recuperação da linha (ratio).

Os carretos trazem a indicação da velocidade de recuperação da linha (ratio), assim se um carreto têm a indicação de ter 5.7:1 de ratio, na pratica isso quer dizer que o rotor dá 5.7 voltas por cada volta completa que damos com a manivela do carreto.
Os carretos acima de 5.1:1 são na minha opinião os mais indicados, são carretos rápidos.

Anti reverso infinito.

Hoje em dia quase todos os carretos já têm anti reverso infinito que não é mais que um travão para impedir que o rotor do carreto rode para trás quando paramos de dar à manivela, ficando a manivela parada exactamente onde a paramos.

Rolamentos.

Um carreto devera ter no mínimo 3 a 4 rolamentos colocados nos sítios certos.


As linhas


Aqui penso que para iniciar não há muito que inventar, uma linha 0,25 para a cana de acção Medium com amostras pequenas e outra 0,30 para a cana Medium Heavy com amostras mais pesadas, na escolha da linha devera ter atenção a sua elasticidade pois uma linha com pouca elasticidade ajuda a ter mais sensibilidade aos toque do peixe bem como transmite melhor todas as acções de ponteira da cana as amostras.
A cor da linha também é importante, pessoalmente gosto de linhas claras porque acredito que são menos visíveis na água.


As amostras



Para começar e não gastar muito dinheiro nesta fase inicial, aconselho que compre um jerkbait e um crankbait que afundem pouco (não se esqueçam que vamos pescar de margem), um popper, um passeante e um spinnerbait e fica preparado para quase todas as situações.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011